GUIDO VAN LYRA CONSAGRA-SE HEXACAMPEÃO MUNDIAL DO CCLM EM CURITIBA/PR

CURITIBA/PR – De “Cidade das Flores” para “Cidade das Flores”: O mineiro Marcelo Guido, conhecido também por Guido Van Lyra, consagrou-se hexacampeão mundial de conhecimentos gerais na 26ª edição do principal torneio individual promovido pelo Circuito Cultural Lírio de Madrid, de propriedade do espanhol Dr. Aluísio Hector Sánchez.

A competição ocorreu em dezembro de 2016 e envolveu confrontos entre 18 (dezoito) competidores de todos os continentes divididos em um novo sistema onde a fase preliminar (segunda fase) entre os maior colocados do ranking se enfrentaram para definição dos dois cabeças de chave na etapa pentagonal (terceira fase). Somaram-se nesta fase os vencedores das eliminatórias simples entre os dezesseis competidores classificados para o torneio (primeira fase). Já a quarta fase envolveu duas triangulares que levaram às semifinais (quinta-fase) e à finalíssima (sexta-fase).

Na fase 2, Guido venceu a tricampeã mundial, a húngara Pandora Schippatti, por 5 x 3, sendo que ambos não precisaram disputar a fase 1.

Na fase 3, ocorreram vitórias contra o germânico Mikka Hans (5 x 4), o holandês Nicholas Wlalvish (4 x 3) e o germânico Sven Thorsten (5 x 4), inclusive todos competidores contra quem Guido havia feito finais mundiais respectivamente em 2000, 2001 e 2012. Ainda houve um empate por 5 x 5 contra a argentina Eloara Bilbao, contra quem Guido duelou na fase semifinal em Salvador em 2012.

Na fase 4, sucessos contra a brasileira campeã mundial de 2002 Nayelly Souto (5 x 3) e contra o tricampeão mundial de 1999, 2014 e 2015 Mikka Hans (5 x 4) conduziram o pentacampeão Guido para mais uma disputa de semifinal.

Na semifinal, novo encontro com Pandora Schippatti reuniu os títulos mundiais do CCLM de 2000, 2001, 2005, 2007, 2009, 2010, 2011 e 2012. Em um confronto muito técnico, tal como as finais de 2005 e 2010, Guido superou-se e venceu o duelo pelo placar de 5 x 4.

E na finalíssima um duelo sulamericano ensandeceu o público presente, numa repetição de tensão, rivalidade e técnica muito apurada tal como a semifinal do Mundial 2012. Novamente Guido fez prevalecer seu histórico vencendo por 5 x 3 a argentina Eloara Bilbao e obtendo para si a sexta conquista em seis edições disputadas somente sacramentou a trajetória vencedora do maior competidor cultural que as arenas do CCLM já conheceram.

Foram seis competições mundiais disputados com conquista em todos, tendo Guido adentrado contra 43 adversários, obtendo impressionante cartel de cartel de 37 vitórias e 6 empates (sendo duas delas em finais em 2000 e 2005), contribuindo para consolidar o BRASIL como o país com maior número de troféus mundiais (10 no total).

Em seu discurso Guido reiterou gratidão às pessoas importantes em sua vida e, por fim, deixou sua mensagem de esperança em tempos melhores para todos.

Como outra praxe, seus prêmios de participação e de desempenho foram todos doados para as CASAS ANDRÉ LUIZ, entidade espírita em Guarulhos, com importante papel social a nível nacional.

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PRONUNCIAMENTO OFICIAL 

DO CAMPEÃO MUNDIAL DO CIRCUITO CULTURAL DO LÍRIO – 2016.

2000, 2001, 2005, 2010, 2012 e 2016: Certamente são anos que ficarão gravados para sempre em meu coração pelas razões pelas quais cá estou a realizar mais este pronunciamento nesta tribuna, quebrando diversos protocolos.

Boa noite a todos, Digníssimo Presidente da Fundação “Hernani Lecci Sanches”, nobres diretores, senhor coordenadora-master de competições, competidores culturais e ao público aqui presente na primeira capital federal: “Na vida, quem perde o telhado ganha as estrelas!” – Reitero!

Expresso que é com imensa satisfação que estou aqui para este pronunciamento. Desde 1998 são muitas alegrias, algumas tristezas e de tantos memoráveis embates nestas arenas culturais contra os melhores do país e do planeta.

Acredito que nada vem sem trabalho e também que não somos responsáveis unos por nossos sucessos e nem pela totalidade das derrotas. Agradeço demais o trabalho desempenhado por Al Sanchéz e o pioneirismo de Michael Guttemberg (1970/80) e também dos demais campeões mundiais (Naoto Hiroshi (1975), Elizabeth Donovan (1985), Salvattore de Sanctis (1990), Paulo Specth (1995), Illie Hoyev (1997/1998), Mikka Hans (1999/2014/2015), Nayelly Souto (2002), Dominique Specth (2003) Willian Leblanc (2004), Sarah Rayjack (2006), Pandora Schippatti (2007/2009/2011), Mirela Sanchéz (2008) e Sven Thorsten (2013)) ao longo dessas vinte e seis edições e à forma de condução dada às competições através do trabalho de todos os coordenadores de competições com suas equipes técnicas.

Meu finado pai sempre me disse que ascender a um posto é fácil e que as pedras estariam na tarefa da manutenção num posto. Pode ser clichê, mas é bem a verdade. Agora com quase 40 anos e ainda sem uma “musa” me inspirando e dando forças pra estar aqui, foi uma guerra esta competição que reuniu tantos e tantos talentos… Foi uma honra estar competindo em tão alto nível.

Tenho especial carinho por Mikka Hans (2000), Nicholas Vlalvish (2001) e Pandora Schippatti (2005/2010), Sven Thorsten (2012) e a Eloara Bilbao: meus adversários nas seis finais. Mede-se a importância de uma conquista pelo nível dos oponentes. Essas pessoas não foram derrotadas, mas sim seres que exigiram tudo de mim em confrontos em que erros eram fatais para quaisquer dos lados e, felizmente, eu fui mais sortudo e concentrado.

Não são segredos pra ninguém os fatos que ocorreram em minha vida depois de minha aposentadoria oficial em 2005. A tentativa da volta em 2007, a derrota vergonhosa que tive num amistoso contra minha prima Messina… Os episódios envolvendo uma “moça do sul” (como aqui ficou conhecida a catarinense Grasielly Machado) macularam muito a minha imagem e, rapidamente, muitos esqueceram o então tricampeão mundial e me viram como um “rei morto”.

Depois do tetra e de uma breve e linda fase, surgiu a decadência em minha vida após meu último fracasso sentimental lá em Minas. Sem falsa modéstia, dessa vez, foi muito difícil pra mim juntar forças e viajar mesmo desmotivado para cá. Isso tudo é perfeitamente compreensível da natureza humana e é sabido que as pessoas valem muito mais pelo que fazem ou têm nos dias de hoje. Agora no hexa tudo permanece quase que exatamente igual. Mas ainda não os culpo não.

Aprendi que ter o sucesso financeiro traz mais garantias de “felicidade” do que conhecimento e caráter, muito embora eu tenha preferido me manter fiel ao que sou e ao homem que está esculpido dentro de minha alma.

Por outro lado, não preciso honrar esses “humanos” e os seus aplausos de agora não tocam mais meu coração. Como sempre digo, geralmente é a taça aqui que está sendo enaltecida por muitos dos que gritam meu nome ou me mandam “sms ou whats” de parabéns e não a pessoa de “Marcelo Guido”. E, honestamente, por mim isso tanto faz. Já é indiferente mesmo.

Por muitos anos, tentei conciliar ser o camanducaiense/itapevense Marcelo Guido e Van Lyra. Talvez esse tenha sido meu erro. Títulos passam e feitos são esquecidos num estalar de dedos… O que conta mesmo é a essência da pessoa: aquilo que o coração levará consigo velhice afora. Agora estou bem comigo e tenho convicção de que exorcizei todos os meus fantasmas. Todos! Todo tigre precisa de sua batalha final e eu, graças a Deus, tive uma a contento.

Dedico essas SEIS conquistas (e por que não?) aos meus amigos e familiares que já estão em outro plano: ao Josmar Toledo (Gordo/Metal), ao Axel do N´Take, à minha prima Kelly Messina, à Gabriele Vasconcelos, à Katrinna Meirelles, ao Daniel Siqueira, à Iris de Camanducaia, ao Juarez de Camanducaia, ao meu primo Felipinho; ao meu primo Armandinho Cintra; à Vanusa de Camanducaia; à Janaína de São Paulo (que faleceu me defendendo), entre outros tantos que deixaram saudade e um buraco neste meu coração alviverde.

E neste plano de coisas não posso me esquecer de amigos maravilhosos que tive desde sempre. Portanto ficam minhas reais rendições a todos que direta e indiretamente foram peças primordiais em minhas mais de 90 conquistas neste circuito cultural. Abraços e minhas dívidas eternas de gratidão aos meus tios Cícero e Lourdes (meus pais, também, a quem devo tudo que sou e tenho), aos meus filhos João Pedro e Leon, aos meus irmãos (Donizette, Márcia, Genival, Gislaine e Mayara), a todos os meus sobrinhos, a Kléber Rosa, Wellington Paula, José Tibães, Mauro Cácio, Gláucia Mírian, Cecília Francisca, Lucilei Brígido, Michele Paes, Aline Baião, Danilo Vasconcelos, Professor Paulo Afonso Miranda (o meu 1º mestre), Clarete e família (em Camanducaia), Dr. Waldemar Gomes (Mazinho), Fábio Dias, Mirna Vargas, Servando Campos, Dr. Célio de Faria Santos (Celião), Mônica Sueli, João Luiz Campos; Giovana Caria, Dr. João Eusébio, Roseli Ribeiro, Luiz Veiga, Morais, Josmar Júnior, Felipe Moraes, Thais Samara, Juliana Oliveira; Sueli Bueno, Sandro Lima (Santista), Márcio Santos, Abel Gustavo, Mônica Almeida, Diviane Rodrigues, Daiane Nieser, Dr. Urias Furquim, Cláudia Viveani, Toninho do Chalé, Carlão Clemente, Valéria Soares, Agnaldo Rosa (Tio Guina e sua família), Joana Brígido, Silvana Santos, Ilza Batista, Tatiana Tagliette, Ivonete, Liliane; entre tantas outras pessoas que me auxiliaram no decorrer desses anos tão intensos em que a felicidade sobressai-se à dor.

Cristiane Fernandes, Patrícia Araújo, Tatiana Salles, Adriana Rosa, Luana Monteiro, Luciana Ramos, Nariane Cassalho, Pricila Borges, Carla Félix, Mariene Moreira, Sílvia Mitiê, Dominique Specth, Vanessa Oliveira, Andrea Oliveira, Jakceli Rosa, Alessandra Centini, Tatiana Arruda, Damiana Pereira; Nayelly Souto, Maria Olímpia, Suelen Delvente, Mirela Rosa, Kely Fernanda, Grasielly Machado e Thais Moraes: também foram fundamentais em minha vida no transcorrer dos tempos e a cada qual devo minhas cotas de carinho e de gratidão.

Enfim, meu muito obrigado mais uma vez e que Deus abençoe todos com um Feliz Natal! Ótimo 2017!

Saudações ênea alviverdes!

Curitiba/PR, dezembro de 2016.

Professor MARCELO GUIDO “Van Lyra”
Hexacampeão Mundial do CCLM